sábado, 25 de agosto de 2007

STIPE, JACOBS E TELLER

Mês passado eu postei uma nota no FWBLOG, do site SPFW, falando sobre a campanha nova do Marc Jacobs com o Michael Stipe, do REM. Teve tanta repercussão no post, que consegui responder ao meu pensamento de querer campanhas simples como essa aqui no Brasil. Para muitos, - ainda - é complicado ver um cara de 47 anos, sem camisa, peludo e fora dos padrões estéticos comuns no mundo da moda. A campanha do Marc (olha a intimidade!) é tão banal que se torna chocante (pra quem está, digamos, acomodado com imagens de moda esteticamente perfeitas). Na minha opinião, eu acho a campanha ótima.

A Dove, fez a uns anos atrás uma campanha mostrando mulheres normais como modelos. Dessa eu não gostei, mas fez sucesso e teve retorno. Voltando a repercussão do post, as opiniões foram tão legais que teve até quem interpretasse a foto como um grande caldo com referências do R.E.M. Veja abaixo:

"A composição da cena com certeza não foi em vão. Quem já viu o clipe de The Great Beyond (ou seria Animal?) lembrará que Michael Stipe aparece sem camisa e que existem esferas luminosas ao seu redor. Uma analogia simples que para os fãs de R.E.M se torna clara. Logo, a estampa da cortina me fez lembrar All The Way To Reno e imagens da banda no início dos anos 90. Abaixo da cortina me parece que tem uma alça de madeira, dessas de panela. Se houvesse uma colher ou escumadera pendurada, eu juraria que Marc Jacob quis fazer um caldo grosso de R.E.M com Michael Stipe. E aquela louça de banheiro do lado esquerdo? Agora acabou o papel higiênico."

Despertar essa interpretação é otimo, não? Mesmo com muitos comentários a favor da campanha, algumas pessoas ainda não conseguiram se desapegar das imagens comuns de moda para entrar no conceito de simplicidade. Teve casos de chamar a foto de foto de album de familía e firmar a cultura supermodel em campanhas. Eu acho, que pra muitos ainda, se tem supermodel a campanha é boa (tipo automático). É uma cultura de modelos, dá para entender.

Mas oque ganhou foi a proximidade que cada pessoa sentiu com o modelo da foto, que apareceu como gente normal e sem pose rock star. Acho que essa campanha pode ser interpretada e entendida nesse caminho mesmo: parece meu primo, meu amigo, eu mesmo, você... A proximidade de uma pessoa famosa mundialmente, vista como gente normal.

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